Como fazer orçamento de obras em 6 passos


Para aprender fazer um orçamento de obras é importante que você tenha pelo menos conhecimento básico sobre custos, para que os números sejam o mais preciso possível.
O conhecimento do dia a dia em obras é importante, pois saberá onde pode enxugar valores do orçamento.

Como fazer orçamento de obras

1 – Fazer o levantamento de quantidades:

O primeiro passo é fazer o levantamento de quantidades. Em alguns casos as quantidades já são fornecidas pelos projetistas, em outros casos não.
Mesmo quando as quantidades são fornecidas pelos projetistas é importante verificar se todos os serviços necessários para a obra estão devidamente quantificados. Essa etapa é fundamental.
Este levantamento de quantidades englobará todos os serviços necessários para a obra, desde a execução da fundação às plantas que serão plantadas no jardim da edificação.
A experiência com obras é fundamental neste momento para não deixar nada passar. Um bom levantamento de quantidades é um pré-requisito para alcançar um bom orçamento da obra.

2 – Estruture o seu orçamento com os serviços que serão executados:

O segundo passo de como fazer orçamento de obras é estruturar o seu orçamento de acordo com os serviços que serão executados.
É hora de separar os serviços em etapas construtivas ou disciplinas. Basicamente os serviços podem ser divididos em serviços preliminares, fundação, estrutura, construção de alvenarias, instalações elétricas, instalações hidráulicas, piso, revestimentos, esquadrias, pintura e limpeza da obra.
Vale destacar aqui, mais uma vez, que cada obra é um caso específico. Cada obra terá suas etapas específicas.
Montar uma boa estrutura do orçamento irá contribuir para o posterior desenvolvimento de um bom cronograma físico-financeiro. Uma boa organização e estrutura também facilitará no desenvolvimento do orçamento em si, garantindo que nenhum serviço passe despercebido.

3 – Monte as composições de preços unitários:

O próximo passo de como fazer orçamento de obras é montar as composições de preços unitários.
A composição de preço unitário – CPU, é a montagem dos custos de cada serviço que será executado na obra. Por exemplo, durante o levantamento de quantidades foi verificado a necessidade de 10 m³ de concreto para as cintas da fundação. O segundo passo foi considerar na estrutura do orçamento o serviço de concretagem de cintas da fundação.
Agora, é hora de montar a CPU do serviço de concretagem das cintas da fundação. Isso é feito discriminando todos os materiais, equipamentos e mão de obra necessários para a execução de 1 m³ de concreto. Assim, o orçamentista saberá quanto custa para essa obra a execução de 1 m³ de concreto, ou seja, o preço unitário deste serviço.
Todos os serviços possuem suas composições unitárias. Para montar uma composição correta é necessária experiência com a execução dos serviços, é importante conhecer todos os insumos envolvidos e ainda a produtividade da equipe.
Para auxiliar a montagem das suas composições você pode recorrer a bancos de composições já prontos e aceitos pelo mercado. O próprio governo federal disponibiliza um banco de composições que deve ser utilizado em seus serviços, que é o SINAPI.

4 – Defina o custo indireto da sua obra:

Até agora, todos os serviços que foram precificados por meio das composições de preços unitários são referentes aos custos diretos da obra. Ou seja, custos que podem ser medidos diretamente pela execução dos serviços.
Entretanto, existem outros custos envolvidos em uma obra que não podem ser quantificados como os custos diretos. Estes são os custos indiretos, que é o quarto passo de como fazer orçamento de obras.
Os custos indiretos são consideráveis em uma obra e não podem ser desprezados. Cada obra possui seus custos indiretos específicos e eles podem variar muitos em relação às condições impostas pelo construtor, a segurança exigida na construção, a localização da obra e o prazo de execução.
Alguns custos indiretos são os custos com água, energia elétrica, telefone, internet, materiais de escritório, combustível, máquinas, aluguel, alimentação e tantos outros custos envolvidos em uma obra.

5 – Monte o seu BDI:

O quinto passo de como fazer um orçamento de obras é a montagem do BDI. O BDI, significa bonificações e despesas indiretas.
O valor das despesas indiretas já foi calculado no item anterior. O passo de agora é transformar o valor das despesas indiretas em um percentual em relação ao custo direto da obra.
Junto com o percentual dos custos indiretos, é necessário inserir no BDI o percentual do lucro e dos impostos que incidem em uma obra.
Em obras destinadas a órgãos públicos o valor do BDI é limitado por regras do TCU. Neste caso, o melhor a fazer é enxugar ao máximo seu custo indireto e transferir estes custos para a planilha de custos diretos. Só assim será possível manter seu BDI dentro dos limites exigidos pela lei.
Mais uma vez é bom recordar que, cada obra possui suas peculiaridades, logo adotar um BDI fixo em seus orçamentos pode ser um erro fatal.
O BDI será então um percentual que incidirá no valor de cada composição de serviço unitário. Você, então, indicará em sua planilha o custo do serviço unitário e o preço de venda, que é o custo com a incidência do valor de seu BDI.

6 – Monte a planilha de seu orçamento:

O próximo passo de como fazer orçamento de obras é montar as planilhas finais de seu orçamento. Ou seja, é hora de organizar todas estas informações que você produziu.
Cada cliente possui uma forma de receber seu orçamento. Alguns clientes já possuem um modelo de planilha de orçamento que encaminham para seus fornecedores utilizarem, em outros casos você poderá utilizar os seus próprios modelos de planilha.
É comum apresentar ao cliente uma planilha de quantidades de preços unitários, que é a principal planilha do orçamento. Nesta planilha são descritos todos os serviços que serão executados, são indicadas as quantidades, as unidades de cada serviço, o custo unitário, o custo com incidência do BDI e o custo total do serviço.
Também é necessário apresentar a descrição do BDI, ou seja, os custos indiretos considerados que compõem o BDI. Juntamente com estas duas planilhas é importante apresentar também as composições de preços unitários que foram adotadas no orçamento.
Outros clientes também podem exigir o Cronograma Físico Financeiro, a apresentação das cotações dos insumos, curva ABC e diversas outras possíveis planilhas em um orçamento executivo.
Fonte: engenharia concreta
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